No princípio as mulheres e os homens eram “Carne da minha Carne e Ossos dos meus Ossos”. E por isso “o homem deixa o seu pai e a sua mãe para se unir com a sua mulher, e os dois se tornam uma só pessoa”. Em todas as comunidades, desde o princípio, viviam um em complemento do outro. Nas primeiras monarquias, governavam em conjunto. No sistema actual, o capitalista, este par, pai e mãe da humanidade, gladiam-se como dois inimigos.
A mulher no seu estado natural governara mundos e liderou grandes e vitoriosas batalhas. Temos o exemplo de Candaces as Tyie, Nzinga, Winnie Mandela, M. Angelou, Yaa Asantewa, Isis, Hypatia, Makeda, Hatshepsut. Todas mulheres educadoras das suas famílias, companheiras, grandes líderes comunitárias e governadoras.
A mulher era valorizada e se valorizava, conhecia o Segredo da Vida e respeitava-a, não tinha nenhuma necessidade de afirmação. Hoje, o macho e a fêmea estão num crescente círculo de agressão, verbal, física e espiritual. Inúmeras são as queixas dadas e as denúncias apresentadas em todos os meios de comunicação, hospitais e órgãos estatais sem possibilidades de soluções adequadas a problemática.
A violência baseada no Género, designação dada a situação/condição actual da mulher e do homem, no seu ramo violência doméstica, tem antecedentes em demais factores para além do uso e tráfico de drogas, da consolidação de sistemas económicos e regimes políticos lacunosos, como, ainda, na padronização da beleza feminina.
No mundo contemporâneo as mulheres procuram alcançar um estado, intimamente constituído, de igualdade em relação ao homem, mas faz-o, permitam-lhe dizê-lo, de forma errónea. Não é mudando comportamentos, indumentos, mulheres carregando penedos, subindo árvores, ocupando cargos de chefia ou na governança. Interessa sim que possa estar em equilíbrio consigo mesma, com o seu parceiro, sua missão, e consequentemente, com todo o Universo.
Neste mês considerado o da Mulher e principalmente a Mulher Africana pretende-se homenagear as grandes rainhas, guerreiras, revolucionárias, educadoras, poetisas, artesãs, griots, camponesas, vendedeiras, donas-decasa, trabalhadoras, mães, irmães, filhas, todas as mulheres africanas.
Abeba
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Agradeço pelo texto. Sou mulher. Mãe.Trabalhadora.Sou forte.Vencedora!
ResponderEliminarNunca precisei competir com homens.Mesmo de maneira inconsciente,sempre soube ocupar o meu lugar e defender o meu espaço - nem que este fosse apenas de um palmo.