Somália é um país que há quase duas décadas carece de polícia costeira, desde que as guerras civis (induzidas pelas grandes potências) fizeram colapsar seu sistema de governo, a partir do que começaram a aparecer misteriosos barcos europeus descarregando enormes barris no oceano com material nuclear e metais pesados. A maior parte deste material pode ser rastreado em hospitais e fábricas européias, onde é entregue à máfia italiana para fazê-lo sumir a um baixo custo. Ao mesmo tempo, outras naves européias têm saqueado a biodiversidade dos seus mares. Os barcos exploradores que pescam ilegalmente nos mares desprotegidos da Somália roubaram milhões de dólares anuais de atum (o valor de cada atum supera os 300 dólares), camarão, lagosta etc. Os pescadores locais perderam repentinamente o sustento. Neste contexto apareceram os homens que têm sido chamados de “piratas”, os quais recebem o apoio esmagador da população. Os “piratas” do subdesenvolvimento e a miséria estão se transformando num novo objectivo militar que tira a Real Marinha Inglesa do tédio e as ociosas forças navais de uma vintena de nações poderosas, dos Estados Unidos à China.
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